A Casa da Cultura Neusa Nunes Vieira, de Criciúma, realiza desde a última quarta-feira, uma exposição sobre a Ditadura Militar, chamada “A verdade da repressão, a memória da resistência”, com fotos e textos que relatam os acontecimentos de 1964 a 1985.
A intenção da exposição é mostrar à população como foi o período de regime autoritário no Brasil, que começou com o Golpe de 1964 quando militares derrubaram o presidente João Goulart para assumir o governo mudando todas as políticas sociais, implantando a censura e a tortura a quem não cumprisse as novas leis.
O material doado pelos Direitos Humanos, direto de Brasília, tem imagens e pequenos textos que descrevem o período de luta. Desde o Golpe, protestos, prisões, torturas, exílios, passando pelo o Ato Institucional nº 5, de 1968, que deixou a ditadura ainda mais cruel, a guerrilha do Araguaia até a Conquista Popular.
Divididos em fases, fotos de comunistas, estudantes, artistas sendo presos, protestando e lutando, descrevem os períodos de resistências. Com eles a importância de cada luta, e de cada cidadão, como por exemplo, as resistências da classe operária, das igrejas, cultural e contra a censura com participações de artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque.
Além das imagens, no local também tem uma cadeira que simboliza onde eram realizadas as torturas da época.
Exposição aguarda por visitantes até dia 5 de agosto
Conforme a coordenadora da casa, Giorgiana Savi Cunha, devido às férias de julho poucas visitas são realizadas à Casa da Cultura. Desde o começo da exposição, aproximadamente 50 pessoas visitaram o local.
“Faz parte da história do Brasil, a maioria das pessoas não vivenciou este período, e é importante que elas saibam que aqueles cidadãos lutaram pela nossa liberdade. Que, se não fosse tudo o que eles passaram talvez a gente ainda estivesse vivendo aquele momento”, comenta.
Na próxima segunda-feira, um bate-papo será realizado na casa com duas mulheres que vivenciaram o período: Marlene Soccas e Derlei de Luca. Quem também participará da conversa será a professora de história Marli de Oliveira. A coordenadora convida todos interessados a participar da conversa.
O horário do bate-papo ainda não foi definido. A exposição segue até dia 5 de agosto com risco de ser prolongada. Horários de visitas são de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h e nos sábado das 8h às 12h.