Entre os restos mortais, um crânio que pode ser de um dos decaptados na região na década de 70. Um episódio causou corre-corre de familiares de vítimas da ditadura a Brasília.
Na Terça, em audiência na Justiça Federal, Gilles Gomes, o assessor especial do Grupo de Trabalho do Araguaia, sob tutela do Ministério da Justiça, garantiu à juíza federal Solange Salgado que as ossadas de três guerrilheiros, que haviam desaparecido, estão em armários da Universidade de Brasília.
As revelações do ressurgimento dos ossos vieram à tona no dia em que a Justiça intimou para depor o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), que coordenou as buscas em 2001. O depoimento foi suspenso por falta de energia elétrica.
Entre as ossadas, um crânio que pode ser de um dos decaptados na região na década de 70. Agora, as famílias protocolaram requerimento para que a Justiça acione a Polícia Federal para fazer diligências na UnB e descobrir como elas reapareceram.
A pedido da Secretaria de Direitos Humanos, já PF entrou no caso. A Coluna revelou em Janeiro que as ossadas haviam sumido de armário do Ministério da Justiça. Pior, e mais mistério: no lugar , apareceram ossadas de crianças sem qualquer ligação com a guerrilha. Ninguém sabe quem eram e de onde foram tiradas.
Nas ossadas, que segundo Gilles estão na UnB, há suspeitas de que o crânio pode ser de desses três: Paulo Petit, Arildo Valadão, o Ari, ou Adriano Fonseca, o Chicão. O trio foi executado pela tropa da ditadura no Araguaia.
Fonte – Coluna Esplanada/UOL 12 Setembro de 2013 – 16:20