A reunião, na terça (10), foi a primeira que contou com a participação do novo membro da CNV, o advogado e professor universitário Pedro Dallari, ex-deputado estadual, ex-secretário de governo na gestão Erundina em São Paulo e atual vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais da USP.
Além de Dallari, participaram da reunião o coordenador da CNV, José Carlos Dias, e as integrantes do colegiado Maria Rita Kehl e Rosa Cardoso.
Foi definido que a CNV realizará audiências públicas em conjunto com comissões estaduais e promoverá audiências dos grupos de trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical, Papel das Igrejas durante a Ditadura e Perseguição a Militares.
A próxima audiência da CNV será nos dias 17 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro, uma parceria do GT Igrejas e da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro. No dia 20, em São Paulo, em parceria com a Comissão Estadual da Verdade, o tema é a cadeia de comando da repressão e a Oban.
Em outubro, já estão confirmadas cinco audiências, duas delas são do GT Sindical da CNV: dia 1/10, sobre a destruição do antigo Comando Geral dos Trabalhadores pela Ditadura e dia 7/10, sobre os 50 anos do Massacre de Ipatinga.
Dia 11 de outubro está prevista uma audiência do GT da Operação Condor sobre os argentinos desaparecidos na Guanabara e nos dias 17 e 18 uma audiência sobre a Casa da Morte, em parceria com a Comissão do Rio. No período de 21 a 24 de outubro o GT Igrejas irá à Belém.
Em novembro, a CNV deve realizar em Brasília três dias de audiências públicas sobre a Guerrilha do Araguaia e o GT Igrejas da CNV deverá percorrer Salvador, Recife e São Paulo. Agentes da repressão serão convocados para depor.
Também estão previstas audiências sobre o financiamento da repressão e sobre militares perseguidos pela repressão em São Paulo.
Pedro Dallari afirmou aos colegas ter ficado muito bem impressionado com o volume de trabalho realizado até agora pela Comissão da Verdade. “Chego a uma comissão estruturada e venho me encaixar onde posso ser útil”, afirmou. O advogado e professor integrará o GT Mortos e Desaparecidos, junto com Rosa Cardoso e José Carlos Dias.
Fonte – Comissão Nacional da Verdade