Parlamentares trocam agressões na antiga sede do DOI-Codi

Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) se enfrentaram na entrada da visita da Comissão Estadual da Verdade ao prédio do Exército

O deputado Jair Bolsonaro discute com o senador do Psol Randolf Rodrigues, durante visita da Comissão da Verdade e Justiça às antigas instalações do Doi-Codi, em quartel do Exército na Tijuca (Márcia Foletto/Agência O Globo)

Começou e terminou mal a visita de integrantes da Comissão Estadual da Verdade ao 1º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, Zona Norte do Rio. O local, antiga sede do Destacamento de Operações Informações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna, o temido DOI-Codi, funcionou como um centro de interrogatórios e tortura durante o regime militar. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que não integra a comissão, e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) trocaram agressões na entrada do prédio, o que deu início à confusão.

De acordo com o jornal O Globo, depois de uma rápida discussão, Bolsonaro, um defensor incondicional dos militares, teria atingido Randolfe com um soco na barriga. Os dois bateram boca porque o deputado do PP insistia em entrar com os integrantes da comissão, que não concordavam. Os dois teriam trocado empurrões quando Bolsonaro forçou o portão da unidade militar.

Do lado de fora, uma manifestação aguardava a visita. Um grupo de estudantes universitários e representantes de movimentos sociais preparou uma espécie de varal com nomes e fotos de desaparecidos durante o regime militar. O grupo pede a abertura dos arquivos das instituições militares. Em agosto, a comissão estadual teve acesso negado pelo Exército.

Bolsonaro acusou os integrantes da comissão de “não aceitarem o contraditório”, e foi chamado pelos representantes da comissão de “viúva da ditadura”. Além de Randolfe Rodrigues, a comitiva conta ainda com a presença do senador João Capiberibe (PSB-AP) e da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). A comissão defende a transformação do 1º Batalhão da Polícia do Exército em um centro de memória.

 

Fonte – Veja

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