Militares ironizam “amadorismo” da Comissão da Verdade

Vem crise aí. Enquanto os integrantes da Comissão Nacional da Verdade fecham o cerco aos repressores da ditadura, os militares convocados comemoram o ‘amadorismo’ do grupo. Um octogenário coronel do Exército, citado em quatro livros como chefe de operações nas guerrilhas urbanas e rural, com mortes e torturas, foi convocado semana passada. Percebeu que a CNV só tinha um livro – o que menos falava dele – base da pesquisa. Saiu de lá e avisou aos militares que a comissão está ‘perdida num amadorismo comovente’ e ‘vai terminar como começou: um grande teatro do absurdo’. 

Quepe na mesa

O coronel chegou disposto a ‘manter um diálogo de alto nível’, segundo suas palavras, para tentar esclarecer alguns fatos históricos. Mas não se sentiu provocado.

Papéis de fachada

O militar avaliou que ninguém da CNV leu os livros nos quais ele é citado em operações. Mostraram-lhe papéis ‘de fachada’, informou à coluna.

Provocação

Para os militares convocados, a CNV está ‘sem especialista’ nos temas. A comissão tem 86 assessores contratados para desnudar o passado da caserna.

Nem tanto

Mas não é o que dizem os integrantes da CNV. Apesar do silêncio dos militares, houve avanço nas pesquisas. O grupo entrega relatório até o fim de 2014 para a presidente.

Pressão Olímpica

O novo APO, general linha dura Fernando Azevedo e Silva, decidiu montar uma força-tarefa com a Prefeitura e o governo do Rio. Enviou convites para Eduardo Paes e Sérgio Cabral nomearam representantes e quer acabar com picuinhas entre as APOs dos três níveis. Quer logo concluir a Matriz de Responsabilidades.

Missão dada..

A decisão da força-tarefa para a Matriz não foi só administrativa, mas política também. Ordem da presidente Dilma, preocupada com o cronograma das obras. O governo não quer repetir o erro do Pan de 2007, orçado em R$ 400 milhões e que acabou em R$ 3 bi.

Aparando arestas

Por mais que tenha tentado nos últimos dois anos, o ex-APO Marcio Fortes encontrou grande resistência no assunto junto ao Estado e prefeitura. Agora, o general segue a linha militar de “Missão dada, missão cumprida”.

Contramão

 

Enquanto colegas vão a Brasília, o governador do DF, Agnelo Queiroz, lança licitação para aluguel de jatinho por R$ 1,3 milhão. Para viagens a capitais e exterior.

 

Fonte – O Povo

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