Na cerimônia, que será realizada no auditório da Uerj, estarão presentes a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, a viúva do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza Goulart, e o presidente da CEV, Wadih Damous.
O Comício da Central, ou Comício das Reformas, foi um comício realizado na Praça da República, situada em frente à Estação da Central do Brasil. Cerca de 150 mil pessoas se reuniram para ouvir o discurso do então presidente da República, João Goulart, e do então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. As bandeiras vermelhas que pediam a legalização do Partido Comunista Brasileiro e as faixas que exigiam a reforma agrária não agradaram os meios conservadores da época.
O presidente da Comissão da Verdade explica o que eram, afinal, as tais reformas de base, que foram usadas como justificativa para o golpe de estado logo após o Comício da Central: ” eram um conjunto de iniciativas de caráter popular, democrático e progressista nos planos agrário, financeiro, fiscal, urbano, administrativo e universitário. Somavam-se às reformas de base outras medidas nacionalistas que previam uma intervenção mais ampla do Estado na vida econômica e um maior controle dos investimentos estrangeiros no país”. Para Damous, “o golpe impediu o desenvolvimento social do povo brasileiro”.
Fonte – Jornal do Brasil