Polícia prende irmão de caseiro suspeito de assaltar casa de coronel da ditadura na baixada

Anderson Pires é irmão do caseiro do sítio, que também está preso

Encontrado morto em sítio, Paulo Malhães admitiu envolvimento em mortes e torturas no período da ditadura militar/Marcelo Oliveira / ASCOM – CNV

Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense prenderam nesta sexta-feira (30) mais um suspeito de participar do assalto à casa do coronel reformado Paulo Malhães em abril passado. A polícia investiga as circunstâncias da morte de Malhães que, recentemente, havia admitido à Comissão da Verdade envolvimento em mortes e torturas no período da ditadura militar. O militar reformado morreu durante o assalto.

O suspeito preso é Anderson Pires, irmão do caseiro do sítio, localizado em Nova Iguaçu. Às 9h20, uma diligência buscava outro suspeito em São João de Meriti, também na baixada.

O sítio onde Malhães morava foi invadido por três homens na tarde de 24 de abril. Os bandidos fizeram ele, a mulher Cristina Batista Malhães e o caseiro Rogério Pires reféns por nove horas. Segundo a mulher do militar, eles perguntaram onde estavam as armas que Malhães colecionava. Os criminosos levaram dois computadores, três armas, um aparelho de som, joias e cerca de R$ 700.

Malhães foi mantido em seu próprio quarto, onde foi encontrado morto supostamente por asfixia. O corpo estava de bruços, com o rosto contra um travesseiro e apresentava sinais de cianose, que são características de sufocamento. Já um laudo prévio do sepultamento do coronel da reserva aponta que ele não morreu por asfixia. De acordo com o documento divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo, a causa mortis de Malhães foi edema pulmonar, isquemia do miocárdio, miocardiopatia hipertrófica e evolução de estado mórbido.

O caseiro da propriedade que, segundo a Polícia Civil, havia admitido participação no assalto voltou atrás e negou envolvimento no crime. Ele foi ouvido em 6 de maio por integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro. Apesar de Pires negar envolvimento no crime, a Polícia Civil sustenta que a participação do caseiro é certa.

 

Fonte – R7

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *