De acordo com levantamento feito pela comissão catarinense, há registro de um grande número de casos de violação de direitos humanos no Estado, porém muitos ainda não foram noticiados e permanecem desconhecidos.
“A Comissão Estadual não conhece e nem possui os contatos de todas as pessoas que foram presas, torturadas ou que possuem informações. Por isso, é muito importante que as pessoas tomem a iniciativa e entrem em contato conosco, pelo e-mail comissaodaverdade@scc.sc.gov.br ou pelo telefone (48) 3665-2409, para nos informar e contar o que sabem”, explica a integrante da CEV, Derlei Catarina de Luca.
A comissão catarinense foi criada em 2013 para auxiliar a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Desde o início foram realizadas audiências públicas, oitivas e reuniões para auxiliar no trabalho de investigação de denúncias de violações de direitos humanos em Santa Catarina durante o regime militar. Todo o trabalho será apresentado em relatório que a comissão catarinense deve enviar à comissão nacional nas próximas semanas.
Segundo o coordenador da CEV, Anselmo Machado, o relatório está dividido entre os membros e conta com itens importantes como a catalogação e apresentação de nomes, mapeamento de locais de tortura e prisão, apresentação dos trabalhos feitos e base legislativa. “É um trabalho demorado, pois são mais de 630 pessoas e cada uma com um caso diferente”, afirma Machado.
Conforme prevê a legislação que instituiu a CEV em Santa Catarina, o mandato dos membros e as atividades desenvolvidas serão encerrados com a publicação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, prevista para dezembro deste ano.
Todo o acervo documental e de multimídia resultante da conclusão dos trabalhos da comissão catarinense deverá ser encaminhado ao Arquivo Público do Estado e ao Arquivo Nacional para integrar o Projeto Memórias Reveladas.
Fonte – Governo do Estado de SC