Abertura já foi remarcada diversas vezes; local vai guardar memórias da ditadura militar no Brasil
Prédio estava mal conservado há muitos anos e assim continuaCom orçamento previsto de R$ 25,6 milhões, o Memorial da Anistia em Belo Horizonte já deveria ter sido inaugurado. Mas quem passa pelo local que vai guardar memórias da ditadura militar (1964-1985) vê só um conjunto de andaimes amparando um casarão histórico maltratado pela ação do tempo. A edificação, do início do século 20, é chamada de “coleginho”.
Fruto de parceria entre o Ministério da Justiça e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), firmada em 2009, o memorial foi idealizado para abrigar arquivos da história da ditadura segundo o ponto de vista dos perseguidos políticos. Segue, porém, sem data para começar a funcionar em sua plenitude, de acordo com a UFMG. Inicialmente, ficaria pronto em 2010; depois, foi remarcado para outubro de 2013 e junho de 2014.
Agora, o prazo para concluir parte da construção é dezembro de 2015. A placa na porta do prédio continua exibindo junho deste ano como data para o término da construção.
O Ministério da Justiça diz que já repassou R$ 13 milhões para a UFMG, a responsável pela execução do projeto. A universidade firmou um termo de cooperação com a Secretaria Nacional de Justiça no valor de R$ 25,6 milhões, incluindo a previsão de R$ 15,9 milhões para obras de reforma do prédio histórico e de novas edificações do complexo do memorial, além de recursos para o desenvolvimento de pesquisas e de uma exposição interativa de longo prazo.
RESPOSTA. Tanto a UFMG quanto o Ministério da Justiça atribuem o atraso a “questões técnicas”. A UFMG relatou dois motivos principais: o atraso na licitação dos projetos executivos e das obras (já superado) e a questão técnica da necessidade de reforço estrutural do prédio histórico, que teve que passar pelo aval do Patrimônio Histórico de Belo Horizonte, segundo informou o ministério via assessoria.
Fonte – O Tempo