Ato Sindical Unitário lembra 30 anos da Greve Geral

O evento acontecerá no antigo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e vai reunir 10 centrais

O cenário é ideal para remeter ao marco da grande batalha dos trabalhadores  em todos os tempos. A antiga sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo será palco, na próxima segunda (22/07), do Ato Sindical Unitário, que vai relembrar os 30 anos da Greve Geral de 1983, ocorrida em 21 de julho de 1983. O fato histórico aconteceu em protesto ao arrocho salarial e pelo fim da ditadura, que culminou com o término do regime militar. O evento será promovido pelo Coletivo Sindical de apoio ao Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical, com participação de 10 Centrais brasileiras.

A mesa de trabalho será composta por ícones de movimentos históricos ligados à causa. Entre eles os dirigentes da greve geral de 83, Jair Meneguelli, ex-presidente da Central Única dos Trabalhares (CUT), Arnaldo Gonçalves, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos, além da coordenadora da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Cardoso, Paulo Vannuchi, membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e José Luis Del Roio, presidente do Instituto Astrogildo Pereira.

Protagonistas na luta contra a ditadura, líderes de movimentos dos trabalhadores terão destaque em vídeos documentários que serão exibidos para o público durante o evento, além de um histórico da Greve Geral de 1983, que levou três milhões de pessoas às ruas, em plena ditadura. Na época, a Greve Geral levou às ruas do Brasil representantes dos funcionários públicos, estudantes, advogados e jornalistas e partidos de esquerda.

 

O Ato Sindical Único desta segunda vai coincidir com outro momento histórico da nação. Desde o mês passado, o povo brasileiro vivencia atos de protestos organizados com a mesma essência da Greve Geral de 83: exigir dos governantes melhores condições de trabalho, no caso das representações de classe e melhores condições sociais para a população, além das causas pedindo o fim da corrupção e outros temas específicos. Diferente da Greve Geral, as atuais manifestações não possuem lideranças, são movimentos espontâneos e que reuniram milhões de pessoas em vários estados nacionais. A Greve Geral realizada pelas Centrais Sindicais no último dia 11 de julho, com abrangência nacional, não teve a mobilização esperada pelos grupos organizadores e demonstrou as mudanças sofridas nos últimos tempos com relação ao movimento que marcou a história do trabalhador brasileiro.

 

Fonte – Jornal do Brasil

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