O evento vai socializar, para o conjunto dos servidores da Secretaria, as diversas ações previstas no projeto, como palestras, projeção de filmes, mostra de vídeos produzidos pelos estudantes, bate-papo com ex-presos políticos, familiares de desaparecidos e autores baianos de livros sobre a temática. Todas as ações vão acontecer até abril de 2014.
História da resistência
Para subsidiar estudantes e docentes, o Portal da Educação (http://www.educacao.ba.gov.br/) já disponibiliza um conjunto de conteúdos, incluindo bibliografias especializadas, biblioteca virtual, artigos, banco de questões do Enem e de vestibulares estaduais e federais, filmes e documentários, músicas, vídeos pedagógicos e galeria de fotos do período da ditadura militar.
“A história da resistência à ditadura é um tema pouco discutido em sala de aula”, afirma a professora de história e assessora do Gabinete da Secretaria da Educação, Tânia Miranda. Segundo ela, as pesquisas revelam que é significativo o número de estudantes, tanto da rede pública como privada, que conclui o ensino médio sem ter conhecimento da história recente do Brasil, especialmente sobre a ditadura militar.
“A Secretaria da Educação do Estado decidiu construir um projeto na rede, visando chamar a atenção para a história desse período, caminhando junto com a Comissão Nacional da Verdade”, disse Tânia. No lançamento, o chefe de gabinete da secretaria, Paulo Pontes, ex-preso político, e a pedagoga e técnica do órgão, Suzana Martins, irmã de um ex-preso político, farão depoimentos.
No encerramento do evento, a antológica canção ‘Pra não dizer que não falei das flores’, de Geraldo Vandré, (também conhecida como ‘Caminhando…’ e considerada o hino de resistência da geração estudantil e dos movimentos civis que lutaram contra ditadura militar), será interpretada coletivamente.
Produção de vídeos
A ideia da Secretaria da Educação, segundo Tânia Miranda, é que estudantes e professores sejam os protagonistas das ações que serão realizadas, incluindo a produção de vídeos em sala de aula e outros espaços.
Os trabalhos também devem registrar as visitas a espaços públicos que foram utilizados como centros de prisão e tortura, além de depoimentos e entrevistas com ex-presos políticos e familiares. Os vídeos serão exibidos na mostra agendada para os dias 2, 3 e 4 de abril de 2014.
Fonte – Secom-BA