Saiu na Folha (*), a da ditabranda: PF investiga relato de ex-agente da ditadura
Ex-delegado afirma ter participado da incineração de 11 presos políticos. Guerra já prestou depoimento, cujo teor sigiloso foi informado à presidente Dilma e ao ministro da Justiça
A Polícia Federal abriu investigação sobre o paradeiro de supostas vítimas do ex-delegado Cláudio Guerra, que afirma ter matado e incinerado corpos de presos políticos na ditadura militar.
O ex-policial prestou depoimento a um delegado da PF há cerca de um mês. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foram informados do relato, que está em sigilo.
A intenção é enviar as informações à Comissão da Verdade, ainda não instalada.
O ex-agente da ditadura levou uma equipe da PF a quatro cidades onde diz ter ocultado cadáveres de militantes: Rio, BH, Petrópolis (RJ) e Campos (RJ). Os locais devem ser alvo de escavações.
Em Campos, o grupo vistoriou o forno de uma usina de açúcar onde Guerra diz ter incinerado corpos de vítimas da tortura. A visita foi acompanhada pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro. “Foi muito impactante. Ele mostrou o forno e funcionários mais antigos disseram se lembrar dos militares na usina”, disse.
Ontem, o site do livro “Memórias de uma Guerra Suja”, em que o ex-agente narra as mortes, identificou a 11ª suposta vítima de incineração: Armando Teixeira Fructuoso, ex-dirigente do PC do B desaparecido em 1975.
Segundo os autores do livro, Marcelo Netto e Rogério Medeiros, a PF foi procurada após ameaças feitas por um ex-agente envolvido no atentado do Riocentro, do qual o ex-delegado diz ter participado.
Clique aqui para ler “Apagaram o Fleury. Anistia para o general Geisel?”.
O Conversa Afiada endossa opinião do Mino Carta: os generais Castelo Branco, Costa e Silva, Medici, Geisel e Figueiredo deveria ser condenado in absentia.
Embora o historialismo – porque não é Jornalismo nem Historia – brasileiro o considere um George Washington (Golbery é o Jefferson) um Pai Fundador da Democracia no Brasil.
No Governo do Geisel faziam o que nem na Argentina se usou fazer: incinerar corpos em fornos de usinas de açucar !
Só no Nazismo, como lembrou Bernardo Kucinski.
Não esquecer que o relator da anistia aos torturadores com a “constitucionalização” da Lei da Anistia foi o Eros Grau.
Que o notável jurisconsulto Sepúlveda Pertence defendeu a anistia aos torturadores com a Lei da Anistia na Corte da OEA – e perdeu fragorosamente.
E o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (**) disse que rever a Lei da Anistia provocaria desarranjos institucionais gravíssimos, como os que ocorreram em outros países.
E se esqueceu de dizer onde houve tais desarranjos.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
Fonte – Conversa Afiada