Dilma anuncia integrantes da Comissão da Verdade
A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (10) os sete integrantes da Comissão da Verdade. São eles: José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista)…
Os sete integrantes foram escolhidos pela própria presidenta a partir de critérios como conduta ética e atuação em defesa dos direitos humanos. O convite a cada um foi feito pessoalmente por Dilma, que recebeu os sete em audiências hoje no Palácio do Planalto. Ainda não há informações sobre quem presidirá o colegiado.
A Comissão da Verdade será instalada oficialmente no dia 16 de maio, às 11h, em uma cerimônia em que estarão presentes os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. “Todos já confirmaram presença, numa demonstração de que a Comissão da Verdade não é uma comissão de governo, e sim de Estado”, avaliou o porta-voz.
A Comissão da Verdade vai apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar (1964-1988). O grupo terá dois anos para ouvir depoimentos em todo o país, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos. De acordo com o texto sancionado, a comissão tem o objetivo de esclarecer fatos e não terá caráter punitivo.
A comissão vai aproveitar as informações produzidas há 16 anos pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e há dez anos pela Comissão de Anistia.
A lei que cria a Comissão da Verdade foi sancionada em novembro do ano passado. Por lei, estão excluídas pessoas que tenham cargos executivos em partidos políticos, que “não tenham condições de atuar com imparcialidade no exercício das competências da comissão” ou “estejam no exercício de cargo em comissão ou função de confiança em quaisquer esferas do Poder Público”.
Este ansioso blogueiro considera esses nomes um alento.
Deles pode sair a Verdade e a revisão da Lei da Anistia, ainda que tardia.
(Nesse momento, o ansioso blogueiro releva o fato de o escritório de José Carlos Dias ter perdido em todas as instâncias ao defender o Padim Pade Cerra contra este ansioso blogueiro. Não precisava inscrever isso em brilhante biografia …)
Rosa Maria Cardoso da Cunha era advogada de Dilma, quando foi perseguida pelos militares que a torturaram e, agora, aos domingos, levam os netinhos ao shopping, protegidos pela Lei da Anistia.
Maria Rita Kehl exibe em seu currículo ter sido despedida do Estadão.
É um elogio !
Gilson Dipp fundou o Conselho Nacional de Justiça e não aliviou a barra de Daniel Dantas no STJ – foi derrotado pelo Dr Macabu.
E cuida da revisão do Código Penal.
José Paulo Cavalcanti Filho, como Dipp, ilustraria até o Supremo.
Paulo Sergio Pinheiro é diplomata exemplar, que busca a Verdade mundo afora.
E Claudio Fontelles, cristão sólido, foi um Procurador-Geral da República sobre cujos ombros jamais pousou a suspeita de prevaricação.
Ao contrário.
Por solicitação deste ansioso blogueiro, abriu investigação sobre a relação promíscua entre Daniel Dantas e um certo presidente da CVM.
Depois, em outras casas da Justiça, mais Altas, Dantas e certo Presidente se safaram.
Fonte – Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada