Os implicados, cujos nomes constavam no inquérito conduzido pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), seriam Rogério Matos do Nascimento, Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues, na época com 17 anos, Rivel Rocha e Humberto Serrano de Souza Esses dois últimos eram investigadores da Polícia Civil. E o nome deste nunca apareceu ao longo do processo que apura a morte do padre, que era assistente da arquidiocese para a juventude. Rivel, conhecido como Cabo Rocha, faleceu.
Dos quatro indicados apenas Rogério chegou a ser denunciado e preso. A retirada do nome dos outros, segundo a Comissão da Verdade, aconteceu com a intervenção do Ministério da Justiça no caso. O então ministro Alfredo Buzid enviou ao Recife um consultor jurídico que, conforme os documentos, conseguiu modificar o rumo dos indiciamentos junto ao promotor de Justiça José Ivens Peixoto de Carvalho.
Entre as provas de que o crime seria político, segundo o relator do processo, o advogado Henrique Mariano, estaria o documento recolhido pelo Cenimar na sede da Equipos Docentes de América Latina (EDAL) e, em Fortaleza (CE). O nome de padre Henrique aparece na lista dos integrantes da EDAl. Essa instituição, segundo o documento do Cenimar, recomendava aos seus membros que se engajassem com profundidade na vida social, econômica e política nos locais onde viviam.
Fonte – Diário de Pernambuco