O Brasil não está sozinho nessa empreitada. Nos últimos 30 anos, mais de 40 países implantaram Comissões da Verdade, a maioria em países da América Latina e da África, para investigar crimes contra a humanidade. Mas não só onde houve ditaduras foram criadas essas comissões. Elas também são responsáveis por investigar violações de direitos humanos em democracias, como ocorreu em relação aos indígenas na Austrália e no Canadá, ou sobre a prisão dos americanos de origem japonesa nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial.
Qual a importância dessas Comissões da Verdade? Como aponta a Anistia Internacional Brasil, ela ensina que a justiça de transição é construída sobre três pilares: direito à verdade, a reparações e à justiça.
O primeiro pilar refere-se ao direito de esclarecer as violações de direitos humanos, quem foram seus autores e qual conjuntura político-econômica levou a sua realização. O direito a reparações não se dá apenas por meio de indenizações financeiras às vítimas, mas também pela valorização da memória, como a construção de museus. E o direito à justiça diz respeito ao reconhecimento da responsabilidade do Estado e punição dos responsáveis.
Fonte – Jornal Extra Alagoas