Mães de Maio protestam em Santos para lembrar massacre de filhos pela PM

Para lembrar os filhos assassinados pela Polícia Militar (PM) no episódio conhecido como Crimes de Maio, ocorrido há seis anos, uma manifestação foi realizada desde as 11h de sábado (12), na praça da Paz Universal, em Santos, onde houve o maior número de mortes. A data marca o início do ataque, que matou 493 pessoas no estado de São Paulo por armas de fogo no período de 12 a 20 de maio de 2006. Até hoje ninguém foi punido. 

Além do ato político, o evento reúne artistas populares. A coordenadora da associação Mães de Maio, Debora Maria da Silva, que perdeu o filho Edson Rogério da Silva no Dia das Mães de 2006 afirma que só há justiça para os ricos. “É muito difícil, porque o estado não reconhece, mesmo tendo testemunhas. Pobre e negro não têm direito a justiça. Temos uma segurança pública falida que investe só em bala e em viaturas porque é opressora e exterminadora”, disse em entrevista à Rádio Brasil Atual.

De acordo com Debora, as mães querem federalizar os processos porque já pontuaram a irregularidade existente nos inquéritos. Para ela, a conclusão do Ministério Público é fascista porque mesmo com irregularidades arquivaram os processos. “O Estado matou, ele tem de ser responsável para estar junto com a federalização, junto com a polícia federal para ressaltar o que a gente quer: Memória, verdade e justiça dos crimes de maio”, disse a mãe.

Ouça aqui a entrevista da Rádio Brasil Atual.

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