Entre os depoentes está o secretário Benedito de Figueiredo
A Comissão Estadual da Verdade “Paulo Barbosa de Araújo” realiza, a partir desta terça-feira, 17, até a sexta, 20 de maio, mais uma rodada de audiências públicas para oitiva de testemunhas que foram vítimas da Ditadura Militar. Na abertura, dia 17, a partir das 17h será ouvida Ilma Mendes Fontes.
Nestes quatro dias de audiência, serão ouvidos Ilma Mendes Fontes, Manoel Pascoal Nabuco D’Ávila, Ana Maria Rolemberg Côrtes e Benedito de Figueiredo, em sessões públicas realizadas a partir das 08h, no auditório do Museu da Gente Sergipana, localizado na avenida Ivo do Prado, nº 398, centro de Aracaju.
Segundo o presidente da Comissão, Prof. Josué Modesto dos Passos Subrinho, essa rodada de oitivas inicia uma nova fase nos trabalhos da comissão. “Praticamente concluímos as oitivas da Operação Cajueiro. Esta nova fase é formada por pessoas que não sofreram torturas, mas que foram perseguidas durante esse período autoritário. É importante ressaltar que houve uma pequena mudança na ordem dos depoentes. Zelita Rodrigues Correia Santos será ouvida futuramente, já que, por motivo de saúde, não estará presente nas oitivas desta semana”, diz Josué Modesto.
Instituída pelo Governador Jackson Barreto, através do Decreto nº 30.030 de 26/06/2015, a Comissão Estadual da Verdade tem como um dos seus objetivos fazer o levantamento de informações relativas ao período de 1947 a 1985. A Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) é responsável pela interlocução entre os membros da Comissão e o Governo de Sergipe.
De acordo com o Coordenador dos Direitos Humanos da Seidh, Antônio Bittencourt, todos os depoentes da semana irão oferecer importantes contribuições à Comissão. “Todos eles têm memórias importantes para revelar fatos. Revelar violações dos direitos humanos sofridas nessa época, a identidade de agentes públicos que participaram dessas violações, e nomes de outras vítimas, para que possamos construir esse quebra-cabeça, na perspectiva de, mais adiante, a Comissão emitir um relatório consistente, apresentando os problemas que aconteceram nesse período em Sergipe”.
Além da promoção das sessões públicas para a tomada de depoimentos de pessoas e familiares que sofreram os mais variados tipos de violações dos direitos humanos – desde perseguições na vida profissional e familiar, ameaças, torturas, sequestros e até assassinatos -, a Comissão segue paralelamente com trabalhos de pesquisa e recolhimento de documentos.
Fonte – ascom Seidh