UM CADÁVER AO SOL, de Isa Salles, Ediouro.
O que diz a contra-capa do livro:
ANTONIO BERNARDO CANELLAS tem tudo para ser personagem de ficção: tipógrafo de origem anarquista, editor de jornais operários no início do século XX, tinha 24 quando desembarcou em Moscou em 1924, para o IV Congresso da Internacional Comunista. Idealista, lá descobriu que comunismo fazia rima desagradável com autoritarismo, interpelou Trotsky num debate, votou contra projetos de interesse dos “bolcheviques”. Pelo pecado da divergência, foi vítima de um cruel expurgo, o primeiro da história do PCB.Expulso da Internacional e do partido, foi empurrado para as margens da História, de onde Iza Salles o recupera nesta reportagem apaixonada e apaixonante, quase um romance sobre os descaminhos das utopias no século XX.
Sobre a autora:
Iza Salles é jornalista, formada em 1965 pela Universidade do Brasil, com cursos de extensão em política , na Fondation de Sciences Politiques da Sorbonne (1966-67), e em jornalismo, no programa Journalistes en Europe (1977-78). Presa política da ditadura militar, acusada de pertencer à VPR, Varguarda Popular Revolucionária, respondeu a dois processos, no Rio e em São Paulo. Orgulha-se de ter trabalhado nos jornais de resistência Opinião e Pasquim, com pseudônimo de Iza Freaza.