UnB homenageia estudantes mortos na ditadura e pede justiça

 

A Universidade de Brasília (UnB) fará um encontro, nesta sexta-feira (9), em memória dos brasileiros assassinados pela ditadura militar. Na ocasião serão homenageados três estudantes desaparecidos durante a ditadura: Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino. A reunião também tem o objetivo de reafirmar o conceito de que, para o crime de tortura não existe perdão.

Por estar mais perto do poder, a UnB foi uma das mais atingidas pela ditadura.

A homenagem, idealizada por ex-estudantes da UnB durante a ditadura militar, está sendo organizada com apoio da Comissão da Memória e Verdade Anísio Teixeira e da Comissão UnB 50 anos. O ato, que acontece no auditório da Reitoria da UnB, contará com depoimentos e exposição de fotos e documentos.

Durante a ditadura militar foram excluídos da UnB 58 estudantes, segundo dados que constam da obra, ainda inédita, Paixão de Honestino, de Betty Almeida.

Honestino, estudante de geologia, era militante da Ação Popular e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ieda e Paulo eram estudantes de Direito e militantes da Aliança Libertadora Nacional (ALN). “Todos foram vítimas do facismo da ditadura, sofrendo tortura e sendo assassinados a sangue frio”, afirmou o deputado Marcon.

No Brasil, a ditadura militar teve duração de 21 anos. Iniciou em 1964 e terminou em 1985. No dia 31 de março de 1964, após fortes disputas ideológicas os militares conseguiram, por meio de um golpe político, afastar o então presidente João Goulart e quem assumiu o poder foi o Marechal Castelo Branco.

Durante toda a ditadura militar, jovens brasileiros engajaram-se em uma luta árdua contra o regime militar e toda opressão vivida naqueles dias. Com o objetivo de trazer maior democracia para o país, muitos desses foram presos, torturados e mortos.

 

Fonte – Vermelho

 

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