O documento, que aborda impactos da ditadura militar nessas comunidades, será entregue no dia 10 de dezembro.

O integrante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Egon Heck, considera que a comissão conseguiu esclarecer algumas violações dos direitos dos povos indígenas na época da ditadura. O missionário alerta para a importância da continuidade das investigações, mesmo após o fim das atividades da comissão.
Se a CNV avançou ao olhar para indígenas presos e torturados, ela não aprofundou o debate com a população negra. O coordenador Pedro Dallari afirma que não havia uma política contra os negros, mas acredita que eles eram mais torturados. Porém, existiram casos de repressão e de vigilância a integrantes do movimento negro, inclusive contra negros que atuavam na área da música.
A dor não tem cor, escolaridade ou poder aquisitivo, mas o movimento negro quer que tudo seja esclarecido, até mesmo a perseguição racial, para que a memória e a verdade façam parte da história.
O Repórter Amazônia é uma produção da Rede de Rádios Públicas da Amazônia e vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h30, pela Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Fonte – EBC