Há 19 anos o País perdia Taiguara, músico considerado um dos símbolos da resistência à censura durante a ditadura militar brasileira. Taiguara Chalar da Silva morreu em 1996 aos 50 anos, de falência múltipla de órgãos em decorrência de um câncer na bexiga.
Ele fez bastante sucesso nas décadas de 60 e 70. Seus dois primeiros LPs foram gravados no selo Philips pelo produtor Armando Pittigliani. Autor de vários clássicos da MPB, como Hoje, Universo do teu corpo, Piano e viola, Amanda, Tributo a Jacob do Bandolim, Viagem, Berço de Marcela, Teu sonho não acabou, Geração 70 e Que as Crianças Cantem Livres; entre outros.
Taiguara foi um dos compositores mais censurados na história da MPB, tendo 68 canções censuradas e escreveu uma, Cavaleiro da Esperança, em homenagem a Luís Carlos Prestes, fundado do Partido Comunista Brasileiro . Os problemas com a censura eventualmente levaram Taiguara a se auto-exilar na Inglaterra em meados de 1973.
Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy – que teve todas as músicas censuradas pela ditadura. O espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas pela ditadura militar das lojas em apenas 72 horas. Em seguida, Taiguara partiu para um segundo autoexílio que o levaria à África e à Europa por vários anos.
Quando finalmente voltou a cantar no Brasil, em meados dos anos 80, não obteve mais o grande sucesso de outros tempos, muito embora suas músicas de maior êxito tenham continuado a serem relembradas em flashbacks das rádios AM e FM.
Fonte – TN Online
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