Amorim reitera “cooperação” da Defesa com a Comissão da Verdade

O ministro da Defesa, Celso Amorim, foi cauteloso ao falar nesta segunda-feira sobre a abertura de documentos das Forças Armadas após se reunir, pela primeira vez, com integrantes da Comissão da Verdade. O ministro reiterou a disposição do ministério em “cooperar” com o grupo e declarou que vai “facilitar com todas as informações que forem pedidas e possam ajudar nos trabalhos” da comissão. “A lei diz que todos temos o dever de cooperar com a comissão pelos objetivos da lei”, disse Amorim.

No entanto, ao ser perguntado sobre o acesso dos arquivos dos Centros de Informação da Marinha, Exército e Aeronáutica, Amorim sugeriu apenas que o ministério deve disponibilizar os dados somente se for solicitado. “Não falamos sobre isso. Falamos em termos gerais de que tudo estará aberto”, declarou.

Na reunião, conselheiros apontaram ao ministro a necessidade de acesso a documentos das Forças Armadas. Fontes ouvidas pelo Valor disseram, no entanto, que o “clima não é de grande otimismo” sobre conseguir informações dos centros militares.

A Comissão da Verdade é um grupo composto de sete integrantes que terá dois anos para investigar crimes contra os direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, período que engloba a ditadura militar (1964-1985). O ministro destacou a importância dos trabalhos da comissão. “Ela é o último capítulo da história da abertura democrática no Brasil”, afirmou Amorim.

Fonte – Valor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *