Uruguai reconhece vítimas de ditadura militar no país

O ministro de Educação disse que o ato faz parte “do esforço de uma sociedade que busca fechar feridas no âmbito da Justiça”

O governo do Uruguai reconheceu as vítimas da ditadura militar (1973-1985) e dos dois governos precedentes durante um ato realizado no Palácio Legislativo, sede do Parlamento uruguaio.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, Esteban Pérez, disse que a atitude do governo é dedicada àqueles que “levantaram a bandeira de uma humanidade mais justa”.

O ministro de Educação, Ricardo Ehrlich, por sua vez, apontou que o ato de entrega de certificados a estas pessoas faz parte “do esforço de uma sociedade que busca fechar feridas no âmbito da Justiça”.

Uma lei de reparação, datada de setembro de 2009, estabelece que o Estado deve reconhecer e indenizar familiares de vítimas, além de pessoas que foram detidas e torturadas.

Apesar da ditadura no Uruguai ter tido oficial em junho de 1973, durante os governos anteriores, dos presidentes Jorge Pacheco Areco (1968-1972) e Juan María Bordaberry (1972-1973) — que tornou ditador –, era costume deter e torturar os opositores políticos, assim como dirigentes sindicais e estudantes.

A ditadura militar deixou um saldo de quase 300 desaparecidos e mortos no país, além de milhares de opositores presos.

 

Fonte – R7

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