Ditadura no Brasil é exposta em Içara

A exposição “Ditadura no Brasil 1964-1985” está aberta em Içara a partir desta quarta-feira, dia 5. O livro de visitações foi aberto nesta tarde pelo prefeito Murialdo Canto Gastaldon, o vice Sandro Giassi Serafim, além de Derlei Catarina De Luca e João Vicente Goulart. Constituída de 21 painéis, as imagens poderão ser vistas até 31 de julho na Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes. O acervo itinerante ficará disponível de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h. O acesso é livre.

A retratação do período marcado por violências faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. A exposição foi criada para comemorar os 27 anos da promulgação da Lei da Anistia no Brasil. Em 2006 o conteúdo foi colocado no corredor de acesso ao plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Desde então passou a circular pelo país.

“Eu me emocionei ao ver algumas imagens mesmo sem ter vivido a ditadura. O sentimento daquela época transparece na exposição. Na próxima semana teremos também uma mostra de filmes que vai complementar a programação. Já há oito escolas agendadas, inclusive, de fora da cidade. Acreditamos que vamos esgotar os espaços na agenda rapidamente”, coloca presidente da Fundação Cultural de Içara, Eliana Jucoski Monteiro.

 

“O resgate histórico coloca uma parte daquilo que Içara também viveu. Lembro que meu pai, Manoel Joaquim, era um dos líderes do Grupo dos Onze em Esplanada [cada comunidade tinha 11 integrantes que serviam como canal de comunicação da resistência] e chegou a dormir duas noites em uma roça de batatinha por que era perseguido. A minha mãe, Bernardina Virginia, foi ameaçada de perder a fitinha do apostolado. A pressão era de todos os lados contra qualquer movimentação que se tinha contra o governo”, relata a coordenadora de museus da cidade, Sanete Monteiro Dagostin.

 

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